18 de nov. de 2010

Histórias de terror



Quando eu era mais novo, lá pela sexta, sétima série eu e o antonio tinhamos mania de escrever histórias de terror. A gente escrevia para ver quem escrevia a melhor história. Discutiamos os rumos das histórias quem ia morrer como ia terminar. Muitas vezes o fim das histórias nem eram escritas, ficavam só no papo. Porém elas tinham algumas coisas em comum, os personagens, o local em que começavam e quem morria primeiro. Nas dele eu, nas minhas ele.

Hoje quando tava vindo pra aula tava sem energia aqui por perto e percebi que minha faculdade é um set perfeito pra uma história de terror, é afastada da rua. Tem um atalho meio sombrio. É grande e durante a noite fica bem escura. Fora o tanto de beco e biboca que tem, é impressionante o tanto de caminho que tem para se ir no mesmo lugar.

Talvez isso me inspire para voltar a escrever. Mas preciso conhecer mais gente porque se não a história ao invés de um livro vai virar um conto.

3 de nov. de 2010

Autorização de residência - Parte 1


Hoje foi o dia de ir ao SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras) regularizar minha situação aqui em Portugal. Para marcar hoje, tive que esperar dois meses e juntar um monte de documentos em todo canto. Quando recebi minha senha tive a grata surpresa: “Sabe aquele horário que você tinha marcado? Pois é, não vale nada. Pega a senha (A043) e espere as 27 pessoas que tem na sua frente”.
Enquanto esperava pude a variedade de países representados, tinha gente de todo canto do mundo. Do Brasil ao Japão, passando pela África e todo canto da Europa. Os motivos para a autorização de residência variam tanto quanto os lugares de onde vieram: estudo, trabalho, asilo, casamento e filhos.
Quando por fim fui chamado, uma hora e pouco depois do horário previamente marcado, descobri que problemas com informação não é exclusividade do Brasil. Liguei várias vezes, confirmei a documentação e quando cheguei lá ainda precisava de alguns outros documentos. Pelo menos a boa vontade da mulher que me atendeu fez com que nem tudo fosse perdido. Descobri o que realmente preciso e consegui remarcar para um dia antes do meu visto vencer e a tempo da documentação ficar pronta antes de eu ir passar as férias no Brasil. No final das contas não se resolveu nada, mas pelo menos na tem nada perdido.

2 de nov. de 2010

Domingo, KFC e cinema.


Uma das primeiras coisas que fiz assim que fiquei sozinho em Portugal foi caminhar até o shopping comer um “menu” do KFC e ir pro cinema. Porque KFC? Porque queria comer alguma coisa que nunca tinha comido antes, mas tinha que ser barata. E porque cinema? É uma boa coisa para fazer quando não tem companhia, pensa nisso. A próxima vez que não tiver com quem ou pra onde sair, vai assistir a um filme. Se escolher direitinho, vai perceber que o tempo passa mais rápido dentro daquela sala.
Voltando ao domingo, fora as cadeiras e o filme que passa na tela, as coisas são um pouco diferentes nos cinemas por aqui. A fila para comprar os ingressos é a mesma de comprar pipoca e refrigerante. Costuma sempre ter brindes. Eu ganhei um copo da 7up porque pedi um combo com a bebida do dia. Nunca vou conseguir entender se a promoção era essa mesmo, mas não vi mais ninguém ganhando copo. Não existe meia, existe preço de segunda-feira (€ 4.95) e várias maneiras, além de ser estudante, para conseguir o seu desconto. Você compra os seus óculos 3D, é bem baratinho e teoricamente você só precisa comprar uma vez. Eu já tenho dois. O que me mata é no meio do filme, na hora que você vai chegar no clímax, tah dan! A luz ascende e eles avisam que vai ter um pequeno intervalo, que pode durar uns 10 minutos. Nem o tanto de prograpaganda as de iniciar o filme me irrita tanto. Tá certo que as propagandas as vezes são repetitivas, a Sumol tem três em cada filme. Acho que tem algum mídia ganhando comissões extras. Pode me explicar porque alguém precisa de comercial quando esta vendo um filme no cinema,  um dos princípios de ir no cinema era a magia da sala escura, com você e o filme, nada de mundo real a sua volta. A propaganda acaba com tudo isso. Mas no fim, como tudo na vida, você acaba acostumando.
Ah, o filme? Fui ver Toy Story 3, os filmes por aqui estreia mais atrasados que no Brasil quando cheguei aqui tinha filme de julho passando.  No final, valeu a pena, as horas passaram mais rápidas. Além disso, o filme é muito bom mesmo vendo ouvindo coisas como o Woody falando “fixe” e o Buzz “muita treta”.