21 de set. de 2010

Uma Lisboa que nem parece Lisboa

Antes de chegar aqui no velho continente achava que tudo ia ser diferente. Afinal eles são o primeiro mundo então jogam seus papéis no lixo, tiram o cocô do cachorro da rua, todo mundo é educado e cortes e tudo seria limpo como devia ser. Não, Lisboa pelo menos não é assim. É impossível passar por uma calçada sem pituca de cigarro, isso quando não é montes de pitucas localizadas, ali no cantinho. Gente que cospe na rua, uma minoria é verdade, mas existe mais do que devia. E cocô de cachorro por tudo quanto é canto nas calçadas residenciais. Isso sem contar a falta de educação dos velhos, principalmente dos homens velhos. Não se por causa do chão arenoso, mas tudo parece meio sujo e envelhecido. Então descobri uma coisa.

Mosteiro dos Jerônimos e Praça do Imperio
Sexta-feira fui a Belém com minha mãe. Quanta diferença, as praças são bem cuidadas, tudo é limpinho, sem cocô, sem terra e as pessoas mais amistosas. Nem parecia que eu estava em Lisboa, a não ser pela chuva de turistas querendo ver o mosteiro dos Jerônimos, a torre de Belém, o monumento das descobertas. Isso sem falar na fila para comer o famoso pastelzinho de Belém. É marca registrada desde 1816. Só esse é de Belém de verdade.
Começamos pelo mosteiro, muito bonito por fora e por dentro, para quem gosta de história vale a pena pagar a entrada. Você pode comprar junto com a entrada pra Torre de Belém que fica 10 euros os dois. Fora a história do mosteiro lá dentro tem uma linha do tempo falando sobre Portugal, o Mosteiro e o Mundo simultaneamente. Vendem um livro muito bonito com a linha do tempo que custa 25 euros.
O próximo passo foi o monumento das descobertas, ao pé do monumento tem um mapa mundi mostrando todo lugar descoberto pelos navegadores portugueses. Entrando no monumento você pode ouvir um pouco da história das descobertas, ver uma exposição que mostra um pouco sobre a história de Lisboa e/ou subir no mirante 8 andares a cima (7 de elevador). Cada um com seu preço diferenciado. Tem desconto pra estudantes, portanto paguei 1,50 euros para subir no mirante e ver a exposição. E como valeu a pena, a vista lá de cima é linda, da pra ver o mosteiro, a torre e muito mais. Não dá nem pra descrever.

Caminha, caminha e chega a Torre de Belém. É bem legal e bonita mas, tem que ter pique para aguentar subir todas as escadinhas escorregadias da torre e chegar lá em cima. Cada andar tem um painel explicando o que acontecia ali, ou quem ficava ali. Alguns desses lugares são meio complicados pra quem é claustrofóbico. A prisão então, o teto deve ter 1,50 e algumas partes são uns corredores mínimos, fico imaginando como prendiam alguém um pouco a cima do peso.
Na volta a gente tinha que andar um quarteirão, virar a esquerda e pegar um táxi pra voltar. Viajar com mãe tem dessas, ela cansa e você aproveita a regalia. Fomos andando e nada do fim do quarteirão, mas um pouco e nada de quarteirão acabar, quando acabou estávamos a dois quarteirões, normais, do lugar que vendia os pasteizinhos de Belém. Acabamos o caminho caminhando mesmo.
Para ser melhor ainda, do lado tem uma Starbucks, ou seja, comemos os pasteizinhos no ar condicionado com um café gelado muito bom. Vai ser lei ir lá pelo menos uma vez por mês.
Ah, sobre os pasteizinhos, eles são bem diferentes mesmo. A massa é mais folheada e o recheio é mais cremoso, eu gostei mais, vale muito a pena o caminho de uns 20 mim de ônibus, fora metrô e essas coisas mais dependendo de onde você estiver.

2 comentários:

  1. A caminhada deve ser pra vc comer sem culpa,acaba comendo mais do que podia,rs.
    Estou adorando conhecer Portugal assim,dá muita vontade de ir ai.

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  2. é realmente portugal está crescendo no meu conceito! =P já tô com vontade de conhecer!

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